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Escudo de vermelho : Com duas espadas antigas de oiro passadas em aspa, encimadas por um livro de oiro, acompanhadas à dextra e à sinistra por duas moletas de oiro, raios do mesmo e em ponta por um elefante armado de oiro, encilhado de vermelho.Correia de vermelho perfilada de oiro.Paquife e virol de vermelho e de oiro.
Timbre: Um cavalo brincão espantado de vermelho, animado de prata.
Condecoração: Circundado o escudo o Colar de Membro Honor�rio da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor Lealdade e Mérito.
Divisa: Sotoposto ao escudo, em letras negras, maiúsculas, de estilo elzevir: "MENS AGITAT MOLEM".
Grito de Guerra: Num listel branco, ondulado, sobreposto ao timbre, em letras negras, maiúsculas, de estilo elzevir: "AO GALOPE...À CARGA!".
Simbologia e Alusão das Peças
ESPADAS - Antigas simbolizam a Cavalaria.
LIVRO - Aberto simboliza o carácter didáctico da Escola
MOLETAS - Simbolizam as rosetas das esporas dos cavaleiros, indispensáveis à arte de bem cavalgar.
ELEFANTE - Armado simboliza as caracteristicas essenciais de Cavalaria: potência de posição e de deslocamento.
CAVALO - Simboliza o hipismo
A divisa e o grito de guerra são os tradicionais da arma de cavalaria. A divisa"MENS AGITAT MOLEM" (o espirito comanda a massa). O seu grito de guerra é tradicional da Arma de Cavalaria: Ao Galope, Ao Galope, Ao Galope! à Carga!
Os Esmaltes Significam
OIRO - Fé e Nobreza
PRATA - Riqueza e Eloquência
VERMELHO - Ardor bélico e Força
Resenha histórica da EPC
Sediada inicialmente em Vila Viçosa, a EPC vive nos seus primeiros anos um periodo simultaneamente agitado e complexo. Agitado, porque corresponde à participação da Cavalaria em vitórias militares decisivas para o estabelecimento da soberania portuguesa em África, nomeadamente em Moçambique com a actuação de Joaquim Mouzinho de Albuquerque. Complexo, porque quer a nivel Nacional quer a nivel Internacional a conjuntura politica, econ�mica e cultural das �ltimas d�cadas da Monarquia foi extremamente perturbada. Quanto à EPC, depois de um periodo de 12 anos de instalação é deslocada em 30 de Janeiro de 1902 para Torres Novas. Aproximava-se assim dos grandes centros de decisão e dos eixos mais importantes, dai o seu papel também passar a ser mais relevante. A nova situação criada pelo 5 de Outubro de 1910 veio trazer, além da substituição de chefias, novas reformas ao Exército e à EPC, em particular. Em 24 de Dezembro de 1911 a Escola muda de nome para Escola de Equitação, com a natural restrição de funções que tal mudança deixa supor. A designação da Escola, como Escola de Equitação, n�o correspondia à verdadeira função da Unidade que formava em Torres Novas os cavaleiros da arma. A realidade impõe-se e a Escola passa a chamar-se Escola de Aplicação de Cavalaria. Na sequência do golpe militar de 28 de Maio de 1926, a ainda Escola de Aplicação de Cavalaria é sujeita a novas reformas, volta então ainda em Torres Novas a designar-se por Escola Prática de Cavalaria. Assim, como grande novidade, surge a ideia da criação de um Centro de Instrução de Auto-Metralhadoras que, no entanto, do material necessário. Apesar de Portugal ter adquirido os seus primeiros meios blindados em França (1926) e Inglaterra (1928), não foram atribuidos à Escola. Para se manter actualizada do ponto de vista técnico e táctico, da simulação de situações e de meios, com auxiliares desta situação, a responsabilidade pela instrução prática da Arma levava a que, a iniciativa dos seus militares, fizesse da Escola de Torres Novas um núcleo activo e actual. A cavalaria continuava voltada para o emprego do cavalo, mas a 2ª Guerra Mundial iria demonstrar definitivamente que a velocidade, potência e segurança que caracterizavam as Unidades de cavalaria estavam dependentes de meios mecanizados e blindados. O ano de 1943 foi aquele em que, já presentes os ensinamentos fornecidos pelo conflito mundial e feita a opção Portuguesa a favor dos Aliados, a EPC recebeu o seu primeiro material mecanizado. Equipam-se então pelotões com motos, viaturas "Bren", camiões, canhões anti-carro e metralhadoras anti-aéreas. Com a constituição no ano seguinte de um esquadrão blindado com base em auto - metralhadoras "Humber", a EPC passa a ocupar instalações no Entroncamento. O fornecimento destes materiais obrigou alterar significativamente as instalações e dependências de Torres Novas, bem como a preparação técnica e táctica dos quadros da Arma. Com a vinda em 1952 para Portugal de carros de combate M47, passou a EPC a ter o papel, não de apenas receber estes carros, mas também de dirigir a instrução no rec�é criado Centro de Instrução de Blindados, após a sua transferência do Regimento de Cavalaria 7, em Lisboa, para Santa Margarida. A 2ª Guerra Mundial e o pós-guerra alteraram significativamente o enquadramento diplomático e os compromissos militares Portugueses. Criada a OTAN, Portugal passa a integrar um bloco estratégico que lhe impõe uma determinada operacionalidade a nivel militar. É criada a Divisão Nuno Álvares e, posteriormente, a 1ª Brigada Mista Independente. A transferência da EPC de Torres Novas para Santarém inicia-se em 01JAN1955 com a deslocação de um Destacamento, este mesmo destinou-se não só a manter segurança, como a preparar as instalações para a transferência que ficou concluida em 15MAR1957, ocupando assim as antigas instalações do Regimento de Cavalaria 4 e as do Regimento de Artilharia 6, vem marcar um ponto alto na transferência da instrução da cavalaria portuguesa. As caracteristicas da EPC entre 1961 e 1974 vão ser afectadas pelas novas necessidades que a guerra em África criou. A organização de forças para actuação em Angola, Guiné, e Moçambique foi condicionada pelas disponibilidades financeiras e de politica internacional, de que resultou dificuldade na aquisição de meios no estrangeiro, donde ter havido uma preponderância do factor humano. O esforço desenvolvido pela Escola foi então o de fornecer grandes contingentes aos Regimentos de Cavalaria de todo o pais. Este é o periodo durante o qual maior número de jovens passa pela Escola de Cavalaria. O arrastar da guerra, com o esforço social que acarretava, e a agudização das tensões sociais e politicas portuguesas levou, no inicio da década de 70, a que sectores das Forças Armadas manifestassem a sua preocupação por tal situação. Era convicção desses sectores que seria necessário pôr fim ao esforço da guerra, instaurar uma democracia e reabilitar o prestigio internacional. Nesse processo a EPC teve um papel relevante. Pela sua força em meios blindados coube à EPC na madrugada do dia 25 de Abril de 1974, marchar sobre Lisboa e ocupar o Terreiro do Paço e, posteriormente, cercar o Quartel do Carmo para obrigar o Chefe do Governo a render-se. Composta por 2 esquadrões, um de atiradores auto-transportados e outra de auto-metralhadoras, esta força era comandada pelo então Capitão Salgueiro Maia. Desde essa data a missão da Cavalaria tem sido a de recuperar o seu papel especifico no contexto das Forças Armadas. Com excepção das VBL "Chaimite" introduzidas em 1967, todo o material blindado foi renovado: 1977 - Chegaram os primeiros carros de combate M48A5; 1979 - Chegaram as viaturas blindadas "Ferret". Já na década de 80, chegaram VBTP M113, as M106 e as Auto-Metralhadoras ligeiras "Saladine". A colaboração entre a EPC e o Regimento de Cavalaria de Santa Margarida permitiu que, mesmo sem esse material, a EPC realizasse a instrução dos quadros necessários à Cavalaria portuguesa. Em 1990 a EPC recebeu duas AM V-150 "Cadillac Gage", substituindo as AM "Saladine" existentes no Esquadrão de Reconhecimento. Em 1991 foram substituidas as VBRec "Ferret" pelas VBRec M11 "Panhard", também existentes no ERec. Em 2006 a EPC é deslocada de Santarém para Abrantes e em 2007 recebe novo equipamento nomeadamente as VBR PANDUR que vieram substituir as VBL "Chaimite".