MILITARES DE PORTUGAL
Caro visitante/caro membro,desde já lhe dou as boas vindas a este fórum (que se encontra em construção) de homenagem às Forças Armadas Portuguesas e a todos os seus ex e actuais valorosos militares que asseguraram e asseguram a independência deste nosso Portugal.Tem ainda como finalidade,proporcionar a transmissão de conhecimentos entre as várias gerações de militares bem como pretende ser um espaço de convivio entre as mesmas.Espero que disfrute deste espaço e que o mesmo seja do seu agrado pois ele também é seu.
Um bem haja.
MILITARES DE PORTUGAL
Caro visitante/caro membro,desde já lhe dou as boas vindas a este fórum (que se encontra em construção) de homenagem às Forças Armadas Portuguesas e a todos os seus ex e actuais valorosos militares que asseguraram e asseguram a independência deste nosso Portugal.Tem ainda como finalidade,proporcionar a transmissão de conhecimentos entre as várias gerações de militares bem como pretende ser um espaço de convivio entre as mesmas.Espero que disfrute deste espaço e que o mesmo seja do seu agrado pois ele também é seu.
Um bem haja.
MILITARES DE PORTUGAL
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

MILITARES DE PORTUGAL

FORÚM DE HOMENAGEM ÁS FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS
 
InícioProcurarÚltimas imagensRegistarEntrar

 

 Regimento de Cavalaria nº3 (RC3)

Ir para baixo 
AutorMensagem
NE
Admin
Admin



Mensagens : 110
Data de inscrição : 21/05/2009
Idade : 50
Localização : Margem Sul

Regimento de Cavalaria nº3 (RC3) Empty
MensagemAssunto: Regimento de Cavalaria nº3 (RC3)   Regimento de Cavalaria nº3 (RC3) Icon_minitimeDom Jul 26, 2009 7:14 pm

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

Armas
Escudo-De azul, dois dragões adossados de prata, lampassados, sacados e armados de vermelho, segurando nas garras dianteiras dextra e sinistra, respectivamente uma espada antiga de prata, ponta embutida de prata com alerigo invertido de negro.
Elmo- Militar de prata, forrado de vermelho a três quartos para a dextra.
Correia- De vermelho perfilada de oiro.
Paquife e Virol- De azul e de prata.
Timbre- Uma cruz florenciada de verde, entre duas asas de dragão de prata armadas de vermelho.
Condecorações- Pendente do escudo a medalha de Prata de Valor Militar.
Divisa- Num listel de branco, ondulado sotoposto ao escudo, em letras negras maiúsculas, de estilo elzevir: "CONDUTA BRILHANTE NA GUERRA".

Simbologia e Alusão das Peças

Os DRAGõES, adossados em sinal de unidade e camaradagem, aludem ao calor e impeto com que os corpos de cavalaria, espadas nuas, se lançavam sobre as posições inimigas em cargas de epopeia.
O ALEIRIGO - guia despojada de bico e de garras - em queda, recorda as "águias" napoleónicas que tropas do Regimento obrigaram a morder o chão, vergadas na derrota.
As ASAS de dragão do timbre definem a Arma da Unidade, enquanto a CRUZ DE AVIS, localizando-a regionalmente, perpetua a velha Cavalaria de ALÉM-TEJO.
A PRATA simboliza a humildade com que a firmeza - O NEGRO - e a bravura - O VERMELHO - firmavam a esperan�a - O VERDE - de vitória, que ao longo da história cimentaram a fama - O AZUL - da sua brilhante actuação na guerra.

Os Esmaltes Significam

A Prata: Humildade.
O Vermelho: Bravura.
O Azul: Fama.
O Verde: Esperança.
O Negro: Firmeza.

HISTORIAL DO RC3

No reinado de D. João V (1689-1750), foi levada a cabo a reorganização do Exército. À imagem e semelhança do que então se passava em França, são promulgadas Novas Ordenanças. A unidade administrativa passou a ser, em todas as armas, o Regimento que substitui a antiga designação de Terço. Em 1707 é organizado em Olivença, um Regimento de Cavalaria Ligeira formado por 12 companhias de 40 cavalos cada uma.Em 1742 é extinto o Regimento de Cavalaria de Olivença, passando a designar-se por Regimento de Dragões de Olivença.Em 1762 o Regimento então comandado pelo Coronel D. José Pedro da Gama, faz parte da força reunida pelo Conde de Lippe para fazer face às forças de Espanha coligada com a França, na curta campanha conhecida como Guerra Fantástica.Em 1764, fruto de nova reorganização, o Regimento de Dragões de Olivença passa a designar-se por Regimento de Cavalaria de Olivença. Era composto por 8 Companhias a 30 homens cada e um efectivo total de 329 homens, incluíndo Oficiais, Estado-Maior e Menor.Em 1793 Portugal, aliando-se à Espanha, entra na Campanha do Rossilhão, através do envio de cerca de 5.000 soldados. As consequências da campanha foram desastrosas. Em 1795 o governo Espanhol assinava secretamente a paz em separado com a República Francesa (Paz de Basileia). A França considerando Portugal uma nação beligerante e vencida, impôs severas exigências para subescrever um tratado de paz, e com o apoio de Espanha ameaça invadir Portugal se não entrássemos numa aliança contra a Inglaterra. Portugal desencadeia vários esforços diplomáticos para manter a neutralidade. Entre 1798 e 1799 uma Esquadra sob o comando do Marquês de Nisa integra a Armada do Almirante Nelson e participa no bloqueio da Ilha de Malta contra os Franceses. Em 1801, a França e a Espanha assinaram um tratado segundo o qual deviam intimar Portugal a abandonar a sua aliança com a Inglaterra. A 20 de Maio de 1801 uma Divisão Espanhola de 12.000 homens invade o Alentejo, Juromenha e Olivença são ocupadas e o Regimento deixa Olivença. Mais tarde, o Congresso de Viena (1814) refere expressamente a obrigação de devolução de Olivença, mas a cidade nunca foi restituida. O Regimento continuou a ter a mesma designação e entre 1803 e 1805 teve quartel em Moura e ainda em 1805 passa para quartel em Beja. Pela organização do Exército decretada em 19 de Maio de 1806 passa a denominar-se Regimento de Cavalaria Nº 3, com quartel em Torres Novas.Em Junho de 1807 o general francês Junot entra em Lisboa (1ª Invasão Francesa). Sob a administração Francesa é organizado em Évora, com o pessoal e os cavalos sobrantes dos Regimentos 2, 3, 5, e 8, o 3º Regimento de Cavalaria. Este Regimento, marchou na retaguarda da Legião Portuguesa que às ordens de Junot, seguiu através de Espanha, para Bayonne a fim de reforçar os exércitos de Napoleão. Os soldados Portugueses integrados nos exércitos de Napoleão participaram em várias batalhas tendo sempre comportamento muito meritório. Logo após a retirada da 1ª Invasão Francesa procede-se à reconstituição do Exército. O Regimento de Cavalaria nº 3 é reunido e reconstituido em Beja. Em 1809 o Marechal Beresford procede à reorganização do Exército para fazer face aos Franceses. Durante a Guerra peninsular o Regimento participou em vários combates:

Fuente de Cantos-15 Setembro 1810
Talavera la Real-2 Fevereiro 1811
Ponte de Xevora-6 Fevereiro 1811
Badajoz-7 Fevereiro 1811
Santa Engrácia-19 Fevereiro 1811
1º Sítio de Badajoz-5 a 16 Maio 1811
Albuera-16 Maio 1811
2º Sítio de Badajoz-19 Maio a 17 Junho 1811
3º Sítio de Badajoz-16 Março a 7 Abril 1812
Cortes de Peleas-1 Julho 1812
Villalva-3 Julho 1812
Berlenga-10 Julho 1812
Ribeira de fresno-24 Julho 1812
Almendralejo - 19 Agosto 1812

Em todas estas acções o Regimento perdeu 3 Oficiais, 69 Praças e 100 cavalos.A actuação da Cavalaria Portuguesa recebeu os melhores elogios dos comandantes militares sendo particularmente significativa a referência do Marechal Beresford publicada na Ordem do Dia 3 de Novembro de 1811, após o combate de Fuente de Cantos: "Raríssimas vezes acontece haver na guerra uma conduta mais brilhante".Em 1816 o Regimento de Cavalaria nº 3 deslocou-se para Aveiro fazendo parte da 3ª Brigada juntamente com o Regimento de Cavalaria Nº 6 de Monção.Em 1823 o Regimento passa a estar aquartelado em Elvas.Durante as Lutas Liberais o regimento aderiu à causa miguelista distinguindo-se em várias acções, sendo de salientar, em 1827, a Batalha de Coruche da Beira.Em 1831 passa a chamar-se Regimento de Cavalaria da Praça de Elvas e em Fevereiro de 1834 volta a designar-se Regimento de Cavalaria Nº 3.
Com a vitória das forças liberais, na Convenção de Évora-Monte (Maio 1834) são extintas todas as unidades que aderiram à causa miguelista entre as quais o Regimento de Cavalaria Nº 3.Na organização dos Corpos do Exército feita pelo novo governo, em Agosto de 1834, o Regimento de Cavalaria Nº 10 toma a designação de Regimento de Cavalaria Nº 3, continuando as tradições históricas do seu antecessor e fixa quartel em Castelo Branco.Em 1837 o armamento do Regimento passa a ser de Caçadores a Cavalo. Toma parte no combate de Chão da Feira contra a oposição miguelista durante a chamada Revolta dos Marechais. O Regimento passa para Elvas (1840) e para Leiria na campanha de 1846. Toma parte brilhante na acção de Viana do Alentejo em Julho 1846 e na de Torres Vedras em Dezembro do mesmo ano. Após anos de guerra civil o país finalmente é pacificado.Em 1848 o Regimento seguiu para Vila Viçosa onde permaneceu até 1873. Nos dois anos seguintes retorna a Elvas e de novo a Vila Viçosa.Em 5 de Abril de 1875, sob o comando do Coronel António Cipriano do Amaral, o Regimento de Cavalaria Nº 3 fixa-se definitivamente na cidade de Estremoz.Com a reorganização de 1884 foi novamente criado o Regimento de Cavalaria Nº 10 fornecendo o Regimento de Cavalaria Nº 3 algum pessoal para a nova unidade.Em 1901, seguindo um costume de algumas casa reinantes da Europa, o Rei D. Carlos atribuiu ao Rei Inglês, Eduardo VII o posto de Coronel Honorário do Regimento de Cavalaria Nº 3 passando a unidade a designar-se Regimento Nº 3 de Cavalaria do Rei Eduardo VII de Inglaterra denominação que conservou até 1911. Quando em 1903 o Rei Eduardo VII visitou Portugal, o Regimento deslocou-se a Lisboa para prestar ao seu Coronel Honorário as honras da ordenança.Durante a Guerra de 1914-1918 o Regimento mobilizou forças para Angola e Moçambique e também para França. 2 Oficiais e 80 Praças seguiram para França e 101 Praças para Angola. Para Moçambique seguiu o 4º Esquadrão, com 9 Oficiais e 101 Praças. Em Moçambique entrou em combate contra tropas alemãs e nomeadamente, no combate da Ribeira do Newala(Outubro 1916), teve acção relevante.Em 1927 com a redução das unidades de Cavalaria é extinto o Regimento de Cavalaria Nº 10. O Regimento de Cavalaria Nº3 herda as tradições e património do Regimento extinto.Durante 1939 o Regimento teve provisóriamente a sua sede em Évora até terminarem as obras no Quartel de Estremoz, antigo Convento de S. Francisco, com vista à reconversão do Regimento em unidade blindada.Em Abril de 1959 parte para a India Portuguesa o Esquadrão de Reconhecimento Nº1 "Dragões de Olivença" e em Março de 1960 o Esquadrão de Reconhecimento 54 parte para a Guiné.
Com o desencadear da Guerra do Ultramar o Regimento torna-se unidade mobilizadora, tendo formado 2 Esquadrões de Reconhecimento, , 17 Companhias Independentes e 42 Batalhões de Cavalaria, totalizando cerca de 42.000 homens, que após receberem a sua instrução de contra-guerrilha na região da Serra de Ossa, partiam para os teatros de operações de Angola, Moçambique e Guiné, onde como os seus antepassados, souberam ter "NA GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE".Dessas unidades é de referir o Batalhão de Cavalaria 2899, usualmente designado "Ás de Espadas", que pela sua actuação em Angola (1969-1971), foi condecorado com a Medalha de Prata de Valor Militar com Palma, cujas insignias ornam o Estandarte do Regimento.O Regimento toma parte activa no 25 de Abril de 1974 e no 25 de Novembro de 1975.Com a extinção do Regimento de Lanceiros Nº1 de Elvas e o Regimento de Cavalaria Nº 8 de Castelo Branco, em Abril de 1975, o Regimento de Cavalaria Nº 3 herda as tradições e património dos Regimentos extintos. Em 1 de Abril de 1975 passa a designar-se Regimento de Cavalaria de Estremoz.A última reorganização do Exército repôs a designação de Regimento de Cavalaria Nº 3. Numa altura de mudanças e redução no dispositivo militar, em que várias unidades militares são extintas, o Regimento de Cavalaria Nº 3 recebe um novo desafio com a atribuição (1996) do encargo operacional do Esquadrão de Reconhecimento da Brigada Aerotransportada Independente, os Cavaleiros Pára-quedistas ou Dragões de Boina Verde são assim os herdeiros de um passado militar invejável e responsáveis por manter vivas as tradições militares da Cavalaria de ALÉM-TEJO.Em 15 de Setembro de 1998, por ocasião das comemorações do 291º Aniversário do Regimento de Cavalaria Nº 3, o Estandarte do Regimento é condecorado com a Medalha de Ouro de Serviços Distintos.Em Fevereiro de 1999, o ERec/BAI é destacado para a Área Militar de S. Jacinto (AMSJ), onde vai integrar o Agrupamento ALFA/BAI, constituído para cumprir uma comissão de 6 meses na Bósnia-Hercegivina, no segundo semestre de 1999. No entanto os acontecimentos sucedem-se, e após a decisão de constituir uma força para participar na operação da NATO, no Kosovo, é constituido em Tancos o Agrupamento BRAVO/BAI, o ERec/BAI é a principal peça de manobra deste Agrupamento. Os Dragões de Boina Verde partem para o Kosovo em Agosto de 1999 indo integrar uma Brigada Multinacional de comando italiano, no Noroeste do território. Os Dragões regressam a Portugal em Fevereiro de 2000 terminada a sua missão nos Balcãs.
Ir para o topo Ir para baixo
https://militaresportugal.forumeiros.com
 
Regimento de Cavalaria nº3 (RC3)
Ir para o topo 
Página 1 de 1

Permissões neste sub-fórumNão podes responder a tópicos
MILITARES DE PORTUGAL :: EXÉRCITO PORTUGUÊS :: Cavalaria-
Ir para: