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As Armas do Regimento de Cavalaria Nº 4 foram aprovadas nos termos do Artigo 34º da portaria Nº 24107, de 30 de Junho de 1969, com a seguinte descrição heráldica:
Escudo de negro, duas palas bretessadas de ouro; chefe do primeiro sustido do segundo, carregado de quatro moletas do mesmo;
Elmo militar, de prata, forrado de vermelho, a três quartos para a dextra;
Correia de vermelho perfilada de ouro;
Paquife e virol de negro e ouro;
Timbre: um cavalo empinado de negro, sainte, caparazonado de ouro;
Divisa: num listel de prata, ondulado, sotoposto ao escudo, em letras de negro, maiusculas, de estilo elzevir "PERGUNTAI AO INIMIGO QUEM SOMOS".
Simbologia e Alusão das Peças
PALAS DE OURO , os rastos dos trilhos dos carros de combate rasgam no NEGRO da terra, o caminho da honra e da glória;
As MOLETAS, invocam as esporas de ouro que, no campo de batalha após um feito de armas, ou na austeridade hierática de uma catedral depois da longa velada de armas, solenemente recebiam aqueles que, jurando não recear a morte, eram então armados cavaleiros;
As moletas são QUATRO em memória dos feitos dos homens do 4 de Cavalaria que na Guerra Peninsular e nas Campanhas de África escreveram "páginas brilhantes e consoladoras" na História e assim souberam ganhar o titulo do seu maior orgulho: haver merecido o nome de "Soldados";
Nada novo mas novo, Carristas hoje (negro foi também seu primeiro uniforme) outrora Cavaleiros medievais - Homem e Carro, Homem e Cavalo - irmanados ao longo dos tempos na mesma audácia de agir, na mesma fé de vencer, na mesma certeza de servir por bem, e, de vitória em vitória, orgulhosamente deixar ao inimigo o dever de os julgar e de deixar ao mundo quem são;
No timbre, o CAVALO armadurado evoca as velhas tradições da Cavalaria de antanho.
Os Esmaltes Significam
OURO: a potência das suas cargas fulgurantes e a fidelidade aos ideais da Cavalaria;
NEGRO: a obediência abnegada das suas temerárias acções de sacrificio e firmeza na preservação das tradições da Arma.
HISTORIAL DO RC 4
A unidade foi criada em 1762 com a denominação de Regimento de Cavalaria Ligeira do Príncipe Reinante de Mecklembourg-Strelitz ou simplesmente Regimento de Mecklemburgo, em homenagem àquele príncipe e general alemão que auxiliou a organização da cavalaria portuguesa no séc. XVIII.
Pela organização do Exército de 1806, as unidades passam a ser numeradas, recebendo o Regimento de Mecklemburgo o número 4, ficando assim com a denominação de Regimento de Cavalaria Nº 4. O regimento participa na Guerra Peninsular, destacando-se nas batalhas do Buçaco e de Viella (perto da fronteira franco-espanhola), os seus estandartes recebendo a legenda "Perguntai ao inimigo quem somos".Em 1888, o regimento passa a denominar-se Regimento de Cavalaria Nº 4 do Imperador Guilherme II em homenagem ao imperador da Alemanha, que foi nomeado seu comandante honorário. O mesmo imperador irá visitar e assitir a manobras do "seu" regimento em 1905. Durante o final do séc. XIX, tropas do regimento participam nas campanhas de pacificação de Moçambique sob o comando de Mouzinho de Albuquerque.Durante a 1ª Guerra Mundial o regimento, agora já sem o título "do Imperador Guilherme II", participa nas campanhas contra os alemães no sul de Angola, integrado nas tropas do General Pereira d'Eça.Em 1954 a unidade, já instalada no Campo Militar de Santa Margarida, é provisoriamente desactivada. Em 1964 o regimento é reactivado, integrando as unidades operacionais de carros de combate instaladas em Sta. Margarida (Grupo de Carros de Combate do Regimento de Cavalaria Nº 8 e Grupo Divisionário de Carros de Combate da Escola Prática de Cavalaria), com a designação de Regimento de Carros de Combate. Pouco depois o nome da unidade é alterado para Regimento de Cavalaria Nº 4 (Carros de Combate). Desde essa altura o regimento concentra as maioria das forças de carros de combate do Exército Português, sendo equipado inicialmente com o CC M47, em 1976 com o CC M48 e a partir de 1992, com o CC M60.