[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]Armas
-Escudo: de verde, uma besta de ouro, dois livros abertos do mesmo em contra-chefe;
-Elmo Militar:de prata, forrado de vermelho, a trêss quartos para a dextra;
-Correia:de vermelho perfilada de ouro;
-Paquife e Virol:de verde a de ouro;
-Timbre: um voo de ouro sustentando uma cruz florenciada, vazia de vermelho;
-Condecorações:Circundando o escudo o Colar Membro Honorário da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito;
-Divisa: num listel de branco, ondulado, sotoposto ao escudo, em tetras de negro, maiúsculas, de estilo elzevir "AD UNUM".
Simbologia e Alusão das Peças
-A Besta é o emblema da Infantaria e os Livros constituem o tradicional emblema das escolas;
-A cor verde do campo a Infantaria.
Os Esmaltes Significam
-o Ouro: nobreza e fé;
-o Verde: esperança e liberdade.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]Historial
As relações de Mafra com a Infantaria são bem antigas, pois em 1809, na preparação para fazer face à terceira invasão francesa, Beresford estabelece no Convento um "DEPÓSITO DE RECRUTAS DE INFANTARIA", com a missão de receber e instruir os soldados novos antes de se incorporarem nas unidades da Arma.Guilherme Ferreira de Assunção no seu livro "À SOMBRA DO CONVENTO" refere que o conde Raczynski terá afirmado que em edifício de tão grandes dimensões seria possível alojar alguns regimentos. Escreve, ainda, que D. Maria II, após visitas à vila de Mafra, tinha reconhecido a vantagem da instalação de um corpo militar no Convento.A partir de 1841, segundo o mesmo autor, o Convento começou a ser ocupado por militares. O Batalhão de Caçadores n.º 27 foi o primeiro e depois seguiram-se:
- Batalhão de Caçadores nº 8; - Infantaria 1, 2, 5, 7,10, 12, 15, 16, 17 e 23; - Caçadores 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 8; - Artilharia nº 4. - Lanceiros n.º 2. - Cavalaria 4, 9, e 10.1846 - Por diploma de 20 de Dezembro, sendo ministro da guerra o Conde de Tomar, é prevista a organização de campos de instrução, alguns com escolas militares que davam continuidade ou desenvolviam algumas escolas existentes em unidades militares.
ESCOLA PRÁTICA DE INFANTARIA E CAVALARIA:
1887 - Por carta de lei de 22 de Agosto, reinado de D. Luís I, o ministro da guerra Visconde de S, Januário - funda a Escola Prática de Infantaria e Cavalaria que começa a funcionar no CONVENTO DE MAFRA. Assim se materializou naquele ano, a ideia da criação de escolas práticas destinadas ao desenvolvimento da instrução profissional dos oficiais de infantaria e de cavalaria, reunindo-se num estabelecimento a instrução prática das duas armas, por se terem achado comuns às duas, algumas especialidades de instrução militar.
1888 - A 9 de Janeiro, sendo comandante o Coronel César Augusto da Costa é publicada a primeira Ordem de Serviço. Nesse mesmo ano inicia-se a construção da carreira de tiro, considerada na época a melhor do país.
ESCOLA PRÁTICA DE INFANTARIA:
1890 - Em 17 de Abril, três anos após a fundação, separam-se as escolas de infantaria e cavalaria, continuando a primeira a funcionar em Mafra e em 24 do mesmo mês é publicado o regulamento inicial da Escola Prática de Infantaria. Pretende-se além do estipulado pela regulamentação de 1887, completar a instrução prática dos oficiais saídos da Escola do Exército e habilitar os indivíduos dos diferentes graus hierárquicos na prática de todos os serviços que eram os da Arma, experimentar armas de fogo, estudar melhoramentos no equipamento e fardamento da infantaria. Pelo mesmo regulamento era dividida a Escola em duas secções - Tiro, Esgrima e Ginástica.
1890 - Em 29 de Abril é publicada a primeira ordem de serviço da Escola Prática de Infantaria de que era comandante o coronel Joaquim Herculano Rodrigues Galhardo.1893 - Subscrito pelo general Luís Augusto Pimentel Pinto, é publicado a 25 de Outubro o novo regulamento da EPI em que fica estabelecido o quadro orgânico e definida a missão no que respeita à instrução da Arma.1902 - Por regulamentação desse ano definem-se os princípios estruturais expressos do antecedente, iniciando-se assim os cursos de promoção a oficial superior e passando a funcionar na EPI a Escola Central de Sargentos.1911 - Passa a Escola a designar-se Escola de Tiro da Infantaria, dedicando-se especial interesse à instrução de tiro e concretizando-se a evolução verificada no exército pela qual era atribuída menor importância à instrução táctica dos quadros.1920 - 1º Curso da Escola Central de Sargentos.1926 - Em 17 de Setembro cria-se finalmente a Escola Prática de Infantaria, designação que se mantém até ao presente. Na década de 40 a EPI mobilizou o BI 20 para os Açores e destacou, na década de 50, o Batalhão Vasco da Gama para a Índia.De 1961 a 1974 a EPI desenvolveu um extraordinário esforço na preparação e formação de quadros para a guerra de África, tendo destacado a Companhia de Caçadores 115 para Angola e a Companhia de Caçadores 176 para Moçambique.Em 25 de Abril de 1974, a Escola foi uma das Unidades mais determinantes na "Revolução dos cravos", contribuindo decisivamente para a restauração da democracia e liberdade em Portugal."Sendo fiéis à ideia tida e à palavra dada" (transcrição de parte da placa comemorativa do 20 anos do 25 de Abril, colocada na Porta D´ Armas) a Escola volta a ter papel relevante em 25 de Novembro de 1975.